Lance agora!

Lance agora!

Quando seu produto ou serviço ficará pronto? Quando você deverá disponibilizá-lo no mercado? Quando é seguro deixar que as pessoas o usem? Provavelmente, muito mais cedo do que você imagina ou está confortável. Um vez que seu produto faz o que precisa fazer, tire-o da caixa. Lance agora!

Quer lançar um produto perfeito?

Pois adivinhe só, você nunca fará nada que seja perfeito. A perfeição não existe, no entanto, estamos fadados a persegui-la para sempre – mas esta já é uma questão filosófica, na qual não entraremos.

Se você decidir esperar seu produto atingir o nirvana da perfeição para poder lançá-lo, então você acabou de condená-lo a uma prisão perpétua antes mesmo dele nascer.

Mas e minhas to-do lists…?

O que? Apenas porque você ainda tem um lista de coisas a fazer não significa que seu produto não está pronto. Não demore com “o todo” por causa de algumas sobras. Você poderá fazê-las depois. E fazê-las depois talvez signifique fazê-las melhor, também.

Vamos pensar sobre isto dessa maneira:

Se você tiver que lançar seu negócio em duas semanas, o que você cortaria fora?

Engraçado como uma pergunta como esta força você a focar. Você de repente percebe que há um monte de coisas que você não precisa. E o que você precisa fazer parece mais óbvio ainda.

Quando você impõe um deadline, você ganha clareza. É a melhor maneira de ter esse instinto visceral que te diz: “você não precisa disso”.

Adie qualquer coisa que você não precise para o lançamento. Construa o trivial agora, preocupe-se com as luxúrias depois. Se você realmente pensar sobre isto, há muita coisa de que você não precisa inicialmente.

Na pressão

Quando a 37signals lançou o Basecamp, eles não tinham nem a habilidade de cobrar seus clientes! Pelo fato de o produto ser faturado em ciclos mensais, eles sabiam que tinham um período de trinta dias para descobrir. Então usaram o tempo antes do lançamento para resolver problemas mais urgentes, que importavam de verdade no 1º dia. O 30º dia podia esperar.

A Camper, uma marca de sapatos, abriu uma loja em San Francisco antes mesmo da construção ter terminado, e genialmente a chamou de “Walk in progress”. Clientes podiam desenhar nas paredes da loja vazia. A Camper exibia os sapatos em madeira compensada barata em cima de dúzias de caixas de sapato. Eis a mensagem mais popular escrita nas paredes pelos clientes: “Mantenham a loja exatamente desta maneira”.

Aqui no Loop Infinito não é diferente. Usamos esta abordagem em todos os nossos projetos. Tanto o site do Loop Infinito quanto o .wiredIn() e o Setup foram lançados seguindo esse conceito. No momento em que escrevo este post, se passaram apenas 3 dias após o lançamento do Setup, e ainda há muita coisa a ser feita. Coisas que não podem deixar de serem feitas, porém, não relevantes para um lançamento. Neste momento temos 16 issues fechadas e 11 issues abertas – 44% das tarefas ainda precisam ser feitas.

MVP

Existe uma estatégia de produto que prega justamente esse conceito. Minimum Viable Product (um produto mínimo viável) tem apenas as features que permitem com que ele seja implantado, e nada mais que isso. Tipicamente, o produto se torna acessível apenas para um subgrupo de possíveis clientes, tais como early adopters, com o intuito também de receber feedbacks para melhorias do mesmo.

A idéia básica é maximizar feedback validadocom o mínimo de esforço.

Não confunda esta abordagem para poupar qualidade, também. Você ainda quer fazer algo excelente. Esta abordagem apenas reconhece que a melhor maneira de chegar lá é através de iterações curtas. Pare de imaginar o que vai ou não funcionar de primeira.

Descubra de verdade.

Parte deste post foi baseada em um capítulo do livro Rework.

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